A pesquisa mundial TomTom Traffic Index 2017, que utiliza a tecnologia GPS em tempo real, divulgou este mês o relatório anual que detalha as cidades ao redor do mundo com o maior congestionamento de tráfego. A Cidade do México, mais uma vez, ocupa o primeiro lugar na pesquisa, com os motoristas na capital mexicana esperando gastar uma média de 66% extra tempo de viagem preso no tráfego a qualquer hora do dia (7% de pontos percentuais acima do ano passado), e até 101% no Períodos de pico de noite versus um fluxo livre, ou uncongested, situação - somando até 227 ** horas de tempo de viagem extra por ano. No caso do Rio de Janeiro, a Cidade maravilhosa ocupa a oitava posição como cidade mais congestionada do mundo e a primeira da América do Sul, superando São Paulo. A pesquisa pode ser acessada no seguinte endereço: http://corporate.tomtom.com/releasedetail.cfm?releaseid=1012517.
Qual seria a solução para que esse terrível quadro seja mudado?
Não existe outra solução diferente de pesados e contínuos investimentos em transporte público de massa, tanto por meio de recursos públicos quanto de resursos privados (PPP e concessões). Entretanto, para isso, precisamos de governantes, políticos e tomadores de decisão que tenham boas intenções, sem interesses políticos e pessoais e que não queiram somente fazer demagogia e políticas assistencialistas hipócritas e incompetentes. Além disso, que sejam orientados por profissionais sérios e competentes e não por oportunistas tendenciosos e que estejam a serviço de políticos mal intencionados.
Duvido muito que qualquer especialista do mundo não aponte a solução metroferroviária como a saída para a melhoria dos congestionamentos no Rio de Janeiro e em quaisquer outras megalópoles. A espinha dorsal do transporte de massa nas megalópoles é, e será sempre, o transporte metroferroviário de alta capacidade, e não sistemas rodoviários de baixa e média capacidade.
O Rio de Janeiro precisa urgentemente completar sua rede metroviária, concebida originalmente em 1968 e modificada ao longos dos anos, que poderia ter a seguinte configuração:
- Linha 4 (verdadeira): Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca - Centro da cidade, passando pela Gávea, Jardim Botãnico, Humaitá, Botafogo e Laranjeiras
- Linha 3: Carioca - Praça XV - Niterói - São Gonçalo (passando sob a Baía de Guanabara
- Linha 2 (complemento): Estácio - Catumbi - Praça da Cruz Vermelha - Carioca - Praça XV
- Linha 1 (fechamento do anel): ligação Antero de Quental - Gávea - Uruguai
- Linha 5: Terminal Alvorada (Barra da Tijuca) - Bairros da Leopoldina - Aeroportos - Carioca
Como complemento, os sistemas de BRT funcionariam como complementares aos corredores de grande capacidade, como Metrô e Trens de Subúrbio, por meio de médios e grandes terminais integradores.
Além disso, o Rio de Janeiro precisa urgentemente de implantar um sistema moderno e inteligente de controle semafórico de trânsito, visto que a falta de sicronização dos semáforos causa congestionamentos evitáveis, apoiado poir fiscalização permenente e competente, pois a tolerância dos agentes públicos contribui muito para os engarrafamentos diários da cidade.
Esse assunto é longo e pode ser estendido aqui por parágrafos e mais parágrafos, mas já vale para uma boa reflexão.