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O ARCO DO MEDO

Publicado no Jornal do Brasil, impresso e online, em 22/11/2018.

 

O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro foi construído para ter um papel estratégico para o estado, com a interligação das rodovias federais BR-116, BR-040, BR-101 e BR-493, e circundando a Cidade do Rio de Janeiro pelas cidades de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí.

 

Essa rodovia, agora denominada de BR-493 (antiga RJ-109), com 145 km de extensão, custou cerca de R$ 2 bilhões e visa promover a articulação entre importantes pólos econômicos do Rio, como a REDUC, o Porto de Sepetiba, a megasiderúrgica da CSA, em Santa Cruz, e o novo COMPERJ, em Itaboraí, além de fazer a integração com uma ferrovia e com pólos de produção de outros estados, sem contar com a retirada do tráfego pesado que circula atualmente na Av. Brasil, Ponte Rio-Niterói e Via Dutra, que tantos malefícios traz para a nossa população.

 

Entretanto, tudo isso não está acontecendo, desde a inauguração do importante trecho entre Itaguaí e a BR-040 (Washington Luís), de 71 quilômetros, em julho de 2014. O trecho entre a BR-040 e a BR-116 (Rio-Teresópolis), em Magé, com 57,5 quilômetros, duplicado desde 1980, encontra-se sob concessão privada e funcionando a contento. Para que o Arco esteja completo, falta a duplicação da rodovia Magé - Manilha, com 25,5 quilômetros, que deveria ser realizada pela União, mas a obra está praticamente paralisada. O Arco foi construído pelo governo do estado do Rio de Janeiro para ser uma rodovia de primeiro mundo, com pistas duplas, iluminadas com energia solar, livre de congestionamentos e com ganhos de tempo extraordinários para os usuários, mas, hoje, infelizmente, a principal parte do Arco Metropolitano está completamente abandonada, sendo chamada de “rodovia da insegurança e do medo”.

 

A área de influência do Arco transcende as fronteiras fluminenses, uma vez que as cargas provenientes do Paraná, Mato Grosso e Goiás poderiam estar sendo escoadas também pelo Porto de Sepetiba. No caso das cargas geradas em Minas Gerais, São Paulo e Bahia, haveria uma redução de 60 km no trajeto até Sepetiba. Além disso, num raio de pouco mais de 500 km do Porto de Sepetiba estão localizadas as empresas industriais, comerciais e de serviços que respondem por 70% do PIB brasileiro. Em virtude de sua privilegiada localização geográfica, o Porto de Sepetiba tornar-se-ia extremamente competitivo com o Arco funcionando em sua plenitude, já que passaria a contar com excelente logística de transporte, que ressaltaria a sua tendência natural de hub port, ou seja, de porto centralizador e distribuidor de comércio intra-regional, nacional e internacional. Estima-se que a conclusão do Arco poderia gerar cerca de 100 mil empregos diretos e 200 mil indiretos, além de movimentar R$ 3 bilhões por ano, em produtos e serviços, bem como transformar o Rio de Janeiro, em médio prazo, no maior pólo exportador do Brasil, no maior complexo portuário da América Latina e num dos maiores centros mundiais de distribuição de contêineres.

 

Encontrei na mídia algumas reportagens desanimadoras sobre a situação do Arco, como,  por exemplo, muitos trechos sem iluminação, em virtude das derrubadas dos postes para o roubo das baterias das placas solares, precariedade das placas de sinalização, falta de fiscalização eletrônica de velocidade, inexistência de qualquer apoio ao usuário, invasões da faixa de domínio com construções clandestinas, abertura de acessos ilegais e relatos de muitos assaltos à mão armada, especialmente ataques de ladrões de cargas.

 

Na esperança de que algo de bom possa a acontecer, recentemente, o governo estadual devolveu ao governo federal a parte do Arco que liga o Porto de Itaguaí a Itaboraí, que, agora, passa a ser gerido pelo DNIT. Existe uma pretensa expectativa de que as obras faltantes sejam concluídas e que a manutenção das vias possam ser colocadas em dia, para que o Arco seja concedido à iniciativa privada. A princípio, nada está sendo realizado e uma obra dessa envergadura, construída com dinheiro público, encontra-se inoperante, subutilizada e perigosa, mas existe a possibilidade de novos rumos para o Arco, com o novo governo, a partir de janeiro. Oxalá isso aconteça! A população do Rio de Janeiro agradecerá.

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