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A INFLAÇÃO DO TEMPO NA VIDA DO CARIOCA

publicado no Jornal do Brasil, em papel e no site www.jb.com.br, em 29/03/2018

 

Quando ouvimos falar em inflação, logo lembramos daqueles terríveis tempos de aumentos contínuos e generalizados dos preços e das perdas de poder de compra de nossos salários. Felizmente, a inflação monetária faz parte de nosso passado, mas existe uma outra inflação que continua viva e, a cada dia, toma mais força, que é a inflação do tempo, decorrente dos perniciosos e indesejados congestionamentos formados diariamente nas médias e grandes cidades brasileiras, principalmente no Rio de Janeiro, que é apontada como a 8ª cidade mais congestionadas do mundo, segundo a pesquisa de 2017 da TomTom Traffic, empresa mundial de GPS e telemetria.

Segundo um estudo antigo do IPEA, mais de 80 minutos perdidos constantemente no percurso casa-trabalho-casa podem causar uma redução de 21% na produtividade profissional das pessoas. Além disso, os congestionamentos, além do desconforto para os usuários do transporte público e para os cidadãos motorizados, comprometem imensuravelmente a qualidade de vida de todos.

Segundo uma pesquisa oficial do Estado do Rio de Janeiro, de 2014, o trabalhador típico da região metropolitana do Rio de Janeiro gasta 1 hora e 44 minutos, em média, por dia, dentro de um meio de transporte, para ir e voltar do trabalho. Dessa forma, o tempo total gasto, numa vida de trabalho de 35 anos, corresponde a cerca de dois anos de vida perdida dentro de um veículo, público ou particular. Existem relatos de pessoas que gastam de 3 a 4 horas por dia em seus deslocamentos. Quanto custa isso para a sociedade, em danos físicos e psicológicos e em prejuízos econômicos?

Considerando-se que o tempo médio de 104 minutos, citado acima, perdido no deslocamento casa-trabalho-casa, pode ser convertido em renda, estimamos que um cidadão carioca, com salário mensal médio de R$ 5.000,00, perde em torno de R$ 12.100,00, por ano, preso no trânsito.

Para entendermos a gravidade da questão, basta verificarmos que, nos últimos anos, as velocidades médias dos automóveis e ônibus urbanos caíram sensivelmente, face ao crescimento dos congestionamentos. No Rio de Janeiro, há dez anos, certas distâncias que eram cobertas em 40 minutos, hoje levam 70 minutos, produzindo, assim, uma inflação de tempo de 75%, ou seja, 5,8% ao ano. Há casos piores de inflação de tempo, que chegam a mais de 10% ao ano.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) realizou outro estudo que aponta os congestionamentos como responsáveis pela retirada da economia brasileira de R$ 111 bilhões, anualmente, em decorrência de vias mal planejadas e transporte público precário. Os pesquisadores chamam essa perda de produção sacrificada, cujo valor equivale a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB). No Rio de Janeiro e região metropolitana, a perda anual é de R$ 8,1 bilhões, ou 5,9% do PIB. Ainda segundo a Firjan, o deslocamento médio, no trajeto casa-trabalho-casa, no Rio de Janeiro, passou de 130 minutos, em 2011, para 141 minutos, em 141 minutos, em 2013, que corresponde a uma inflação de tempo de 4,14% ao ano.  

Para reforçar o debate, há dois anos, a FGV mostrou que o tempo perdido pelos brasileiros no deslocamento para o trabalho, nas regiões metropolitanas, por causa das más condições de mobilidade urbana, gera um custo adicional de R$ 62,1 bilhões por ano, cerca de oito vezes o investimento anual do país na área.

Da mesma forma que a sociedade brasileira já clamou pelo fim da inflação monetária, a população urbana, que corresponde a 85% da população total, ela precisa exigir o direito de receber serviços de transporte público adequados, dignos e respeitosos. Cabe ressaltar que cada hora reduzida em congestionamentos, por meio de investimentos em transporte público competente, corresponde a cerca de um ano e quatro meses de vida a mais para as pessoas.

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